Elmer A. Guzman
A compreensão do conflito cósmico entre o bem e o mal oferece uma visão de mundo que indica uma tensão entre a soberania de Deus e a ação das forças malignas. As Escrituras afirmam que esse conflito teve início no Céu, numa batalha entre Cristo e Satanás (Is 14:12; Ez 28:14; Ap 12:7). Quando a rebelião individual de Satanás se tornou pública, persuadindo um terço das hostes celestiais a seguirem seu governo alternativo (Jd 6; Ap 1:20, 12:4), ele foi expulso do Céu, de modo que a possibilidade de rebelião passou a estender-se para outras partes da vasta criação. Essa rebelião estabeleceu-se na Terra, em decorrência da queda do primeiro casal (Gn 3:1-6).
Quando Adão e Eva desobedeceram ao Criador, a realidade do pecado infectou a raça humana, subjugando sua natureza e fazendo-a inclinada e predisposta a pecar (Gn 5:3; Rm 5:12). A queda afetou a orientação espiritual e moral de cada pessoa, ocasionando uma deturpação da vontade humana (Rm 7:14-19).
Originalmente, Deus criou Adão para ser o representante da criação, encarregado de exercer domínio sobre a ordem criada (Gn 1:28). No entanto, após a queda, Satanás tomou o controle e passou a atuar como o representante deste mundo caído (Jó 1:6, 7). Ele foi chamado de príncipe deste mundo (Jo 12:31, 32; 2Co 4:4; Ef 2:2) e, de certa forma, assumiu o governo que originalmente pertencia a Adão (Gn 1:26; Mt 4:9). Essa insurreição cósmica provocou um profundo desequilíbrio, pois as acusações contra Deus se intensificaram. Em vez de eliminar seu inimigo imediatamente, o Senhor permitiu que as consequências e as verdadeiras intenções do governo de Satanás fossem reveladas, de modo que o Universo pudesse testemunhar a resposta divina mediante o conflito instaurado (1Co 4:9; Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 416-418).
No contexto do grande conflito, o mundo sobrenatural é uma realidade atestada pela Bíblia, a qual o apóstolo Paulo descreveu como uma luta sobrenatural “contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais” (Ef 6:12).
Estereótipos do mal
Em contraste a essa visão teísta, que afirma a existência de realidades espirituais, a cosmovisão científico-naturalista disputa a noção de transcendência metafísica, rejeitando assim qualquer ação intervencionista de Deus ou de outras forças do mal sobre a ordem criada. Esse materialismo privilegia os seres “físicos”, excluindo as realidades espirituais.
Indivíduos influenciados pelo naturalismo científico tendem a reinterpretar os milagres e despersonificar Satanás, tornando as forças do mal apenas uma condição interna, afeições negativas ou uma espécie de perturbação da natureza humana. Dessa maneira, não existe um ser metafísico opositor ao bem. Os seres espirituais são interpretados de forma simbólica ou mitológica.
O filósofo ateu Friedrich Nietzsche postulou que a dualidade entre o bem e o mal, e a figura de Satanás, são construções da moralidade ocidental, especialmente a cristã, que precisam ser superadas (Além do Bem e do Mal [Companhia das Letras, 1992], p. 154). Outro filósofo existencialista, ao refletir sobre o ser responsável, afirma que quando atribuímos a responsabilidade de nossas ações a terceiros, quer sejam espíritos ou circunstâncias, isto se torna uma terceirização da responsabilidade moral. Assim, tudo o que temos é a existência, nada mais, nada menos.
Ellen White advertiu os que desconsideram a agência do inimigo: “Ninguém corre maior risco de cair sob a influência dos espíritos maus do que aqueles que […] negam a existência e atuação do diabo e seus anjos” (O Grande Conflito, p. 431). O inimigo quer espalhar a crença de que ele não existe e não passa de uma fábula.
Por outro lado, muitos cristãos adotam um modelo de superpersonificação do mal e das hostes satânicas. Nessa perspectiva, cada fragilidade humana é atribuída a algum demônio ou entidade. Existe, assim, o demônio da inveja, do adultério, da mentira e do assassinato. A possessão demoníaca é a causa da fragilidade moral. Em outras palavras, a responsabilização da decisão passa do ser humano para um ser externo a ele mesmo.
Portanto, a solução para a vitória contra o pecado e alcançar o amadurecimento moral seria uma seção de exorcismo, na qual o “ser” responsável pela falha moral é expulso, libertando o indivíduo do pecado que o aprisiona. No cristianismo popular, essa prática, conhecida como “descarrego”, é compreendida como ritual de purificação espiritual, no qual os participantes buscam eliminar influências espirituais negativas ou demoníacas, que supostamente tenham se apegado à pessoa. Essa sessão envolve orações, exorcismo e comandos espirituais conduzidos por um líder religioso, utilizando elementos simbólicos e técnicas de evocação para facilitar a libertação da pessoa.
Esses dois exemplos extremos, a despersonificação e a superpersonificação do inimigo, apontam para distorções na compreensão das forças ocultas no cosmos e sua influência sobrenatural na vida das pessoas, por decorrência do grande conflito.
O sobrenatural
Antes mesmo da criação da humanidade, os anjos já existiam (Jó 38:7). Eles são seres de ordem superior, pois a raça humana foi criada “um pouco menor […] do que os anjos” (Sl 8:5, ARC). No mundo sobrenatural, existem anjos que servem a Deus e estão do lado do bem, e outros que seguiram a Satanás e se tornaram anjos maus.
A Bíblia afirma que existem anjos da guarda: “O Anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (Sl 34:7). Cada seguidor de Cristo possui um anjo protetor designado para acompanhá-lo no enfrentamento dos poderes do mal (O Grande Conflito, p. 428). Jesus, falando acerca dos pequeninos, disse: “Eu afirmo a vocês que os anjos deles, lá nos céus, veem incessantemente a face de Meu Pai Celeste” (Mt 18:10). Portanto, os anjos do bem são comissionados para cuidar, proteger, guardar, vigiar e ministrar aos filhos de Deus (Ellen G. White, A Verdade Sobre os Anjos [CPB, 2022], p. 11, 12).
Em contrapartida, os anjos malignos originalmente eram anjos do bem, criados perfeitos. Contudo, caíram em decadência devido ao pecado e à rebelião contra a autoridade divina. Esses seres decaídos são chamados de demônios, espíritos “maus” ou “imundos”. Eles não são as almas daqueles que morreram, pois a Bíblia descreve a morte como um sono, e a imortalidade natural da alma como um engano (Gn 2:7; Ec 9:5, 12:7; Jó 14:2; Sl 115:17; Ez 18:20; Tg 4:14).
O testemunho das Escrituras descreve esses seres espirituais do mal influenciando e controlando, em maior ou menor grau, a vida de pessoas suscetíveis ao pecado (Mc 5:9; Mt 8:33, 34; At 8:9; 13:8; 16:16-18). Compare, por exemplo, o grau de controle espiritual entre os endemoniados de Gadara e Pedro. No primeiro caso, os endemoniados estavam acometidos por uma legião de espíritos imundos, tendo sua consciência e força de vontade completamente subjugadas por forças ocultas em um caso de possessão. No segundo exemplo, não há indicação de características externas de possessão. O apóstolo Pedro, absorto em suas próprias expectativas quanto ao Messias, tentou desviar o foco de Jesus de cumprir Sua missão e recebeu uma forte repreensão. O Mestre disse a Pedro: “Saia da minha frente, Satanás!” (Mt 16:23, 24). Na última ceia, mais uma vez, Cristo exortou o apóstolo, dizendo, “Simão, Simão, eis que Satanás pediu para peneirar vocês como trigo” (Lc 22:31). Com a exortação, Jesus deu uma promessa de fortalecimento: “Eu, porém, orei por você, para que a sua fé não desfaleça” (v. 32). O ponto principal da exortação do Salvador é claro: Satanás quer peneirar os servos de Deus.
Esses exemplos refletem que há diferentes níveis de demonização. Kelvin Onongha descreve cinco estágios ou graus: tentação, influência, opressão, obsessão e possessão (“Can Christians be Possessed by Evil Spirits”, Journal of Adventist Mission Studies, v. 18 [2023], n. 1, p. 30, 31). As atividades demoníacas têm início quando a pessoa cede à tentação. Ao conceder esse consentimento e optar voluntariamente por permanecer no pecado, a condição de rebelião permite uma crescente intensificação do domínio demoníaco, que pode resultar na possessão completa.
Não importa se a pessoa está tão debilitada a ponto de perder a razão por possessão, ou se está sob a influência de Satanás, escravizada em sua própria natureza pecaminosa e cedendo às tentações (Tg 1:14; 1Jo 2:16); a única maneira de alcançar segurança plena é encontrar libertação em Jesus Cristo.
Características da possessão
Uma pessoa possessa é aquela que está sob a influência do diabo (At 10:38). No Novo Testamento, as pessoas traziam seus enfermos e aqueles possuídos por espíritos malignos para que fossem libertos (At 5:16). É necessário diferenciar o diabo de espíritos malignos ou imundos. De fato, Satanás não é descrito nas Escrituras como alguém que possuía pessoas, exceto Judas (Jo 13:2, 27). No entanto, ele está por trás de todas as possessões, atuando em conjunto com os demônios, seus agentes no conflito espiritual (Mt 10:1; 12:43; Lc 7:21, 8:2; At 19:12-16).
As características da possessão são variadas, dependendo de cada caso. Por vezes, o endemoniado tinha sua fala alterada e descontrolada (Mc 1:24), comportamento violento (Mc 5:4), masoquista ou autodestrutivo (Mc 5:5), convulsões epiléticas (Mt 17:15), mudez (Mt 9:32), cegueira (Mt 12:22), força incomum (Mc 5:3), transtorno de personalidade (Lc 8:30), mente atormentada (1Sm 16:14) e percepção extrassensorial. Alguns, ao tentar obter poder sobrenatural, recebiam voluntariamente a influência do mal a fim de obter poderes mágicos e de adivinhação (At 8:9-12; 13:8).
Apesar de o sintoma da possessão se assemelhar a algumas enfermidades de causa natural ou psiquiátrica, as Escrituras afirmam que a origem dessas doenças não era apenas física, mas também espiritual. Cristo reconheceu os espíritos malignos por trás do sofrimento humano.
A vontade de Deus e o mal
Apesar da soberania e onipotência do Senhor, por vivermos em um mundo de pecado, nem tudo o que acontece é responsabilidade Dele. Precisamos entender que, quando ocorre alguma circunstância de mal moral ou natural, isso não corresponde à vontade ideal de Deus. A vontade divina ideal é aquela que aconteceria se os seres criados, no uso de seu livre-arbítrio, estivessem alinhados com a vontade de seu Criador, gerando vida e prosperidade.
Como nem sempre isso ocorre, mesmo Deus sendo soberano, Ele tolera o mal permitindo sua existência devido ao fato de que o conflito cósmico ainda está em desenvolvimento. Essa permissão faz parte de Sua vontade remediativa; isto é, o Senhor remedia ou ajusta situações não ideais, utilizando Sua providência para alcançar Seus propósitos. Nesse sentido, Ele escreve reto com linhas tortas.
É importante lembrar que Deus não consegue realizar tudo o que deseja, não porque Lhe falte poder, mas porque existem regras de engajamento entre o Criador e Sua criação. Por exemplo, a vontade ideal do Senhor é que todos sejam salvos (Jo 3:16; 1Tm 2:4-6; 2Pe 3:9). No entanto, embora Ele “deseje” a salvação de todos, nem todos serão salvos. Isso não ocorre porque Deus não queira ou não possa, mas porque a criação, que possui livre-arbítrio, tem a capacidade de contrariar Sua vontade onipotente. Isso implica que devemos entender a onipotência divina a partir de Seu amor, que possibilita a liberdade de escolha (John C. Peckham, Teodiceia do Amor [CPB, 2022], p. 44).
O amor divino permite que as criaturas tomem decisões livres; afinal, a semente do amor apenas pode nascer no terreno da liberdade. No juízo final, Deus respeitará a liberdade dos ímpios de O rejeitarem. Caso Satanás fosse salvo, mesmo contrário à sua vontade, “a pureza, paz e harmonia do Céu lhe seriam uma tortura extrema” (O Grande Conflito, p. 554). Essa concepção é importante porque nem tudo o que acontece no mundo foi causado por Deus, pois existe o livre-arbítrio e uma outra força espiritual antagonista à ordem divina.
Limites da atuação do mal
O livro de Jó afirma que Satanás compareceu perante o concílio celestial representando a Terra. Deus afirmou a integridade de Jó (1:8; 2:3), o que foi contestado por Satanás como interesse despretensioso. O inimigo não apenas acusou Jó, mas também Deus. A sequência de sofrimento, evidenciada no diálogo entre Jó e seus amigos, mostra que Deus permitiu a atuação de Satanás dentro de certos limites (Jó 1:12; 2:6). Mesmo diante de adversidades, o patriarca permaneceu fiel, demonstrando que as alegações de Satanás eram falsas.
Em meio ao grande conflito, Deus permite que o mal siga seu curso, mas estabelece limites ou parâmetros dentro dos quais o inimigo tem liberdade de agir. Jó desconhecia o que estava nos bastidores do conflito cósmico. Por isso, sua única fonte de esperança era confiar em Deus. Isso fica evidente em seu brado em meio à dor, “porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim Se levantará sobre a terra” (Jó 19:25).
O escopo da atuação do mal não significa necessariamente que os fiéis terão proteção total contra as adversidades, ou “corpo fechado” para ataques físicos e espirituais. Ao contrário, o próprio Jesus disse: “no mundo, vocês passam por aflições; mas tenham coragem: Eu venci o mundo” (Jo 16:33).
O mal e a lógica retributiva
A lógica retributiva também é inválida para explicar o mal. Os amigos de Jó sugeriram erroneamente que o sofrimento era consequência de seus pecados (Jó 9:1-24). Essa lógica pressupõe que, se uma pessoa for justa, ela prosperará; se ela for ímpia, sofrerá. Dessa maneira, alguém poderia inferir que, se uma pessoa está prosperando, ela deve ser necessariamente justa.
Essa visão retributiva não corresponde à experiência humana em todas as circunstâncias, pois a soberania divina não implica que Deus seja o causador do sofrimento humano. Os amigos de Jó “foram repreendidos por Deus, não por terem atacado a Jó, mas por não terem falado corretamente sobre Deus (Jó 42:7, 8)” (Andrew Hill e John Walton, A Survey of the Old Testament [Zondervan, 2014], p. 414). A compreensão de que Deus é um ser estritamente retributivo desvirtua Sua índole e Seu caráter.
Semelhantemente, essa ideia está por trás do pensamento dos discípulos que, ao verem um cego, perguntaram: “Mestre, quem pecou para que este homem nascesse cego? Ele ou os pais dele?” (Jo 9:2) Jesus respondeu: “Nem ele pecou, nem os pais dele” (v. 3). A lógica retributiva ainda é erroneamente aceita no cristianismo popular. A teologia da prosperidade, por exemplo, é uma expressão contemporânea dessa mentalidade, centrada na ideia de que a fidelidade a Deus necessariamente resulta em prosperidade material. No entanto, esse “toma-lá-dá-cá” pode levar à culpa e ao julgamento daqueles que enfrentam dificuldades, promovendo uma visão simplista e distorcida da relação entre fé e sofrimento.
APOIO ESPIRITUAL
O conflito espiritual é real e tem implicações no mundo físico. Precisamos distinguir a possessão demoníaca, que se caracteriza pela perda do controle da vontade, de graus mais brandos de demonização, quando a pessoa se coloca sob a influência do mal. A intervenção espiritual varia de acordo com a intensidade do domínio de Satanás na vida da pessoa.
Sugiro algumas dicas para o enfrentamento das forças do mal no conflito espiritual:
- Tenha conhecimento bíblico do escopo das ações do inimigo e convicção de que “Jesus triunfou sobre as forças do mal” (Nisto Cremos [CPB, 2018], p. 167).
- Compreenda que Cristo possui autoridade sobre os espíritos maus e que a capacidade de expulsar demônios não reside na autoridade de quem realiza a libertação, mas no nome de Jesus.
- Prepare-se espiritualmente para o encontro de libertação, garantindo que sua vida reflita uma conversão genuína e esteja em harmonia com Deus (Mt 17:19, 20; At 19:13-16).
- Não dialogue com a pessoa endemoniada, pois Satanás é o pai da mentira (Jo 8:44). Os envolvidos no processo de libertação devem manter confidencialidade sobre as informações compartilhadas, para evitar especulação e sensacionalismo.
- Evite orar ajoelhado e com os olhos fechados, pois o possesso pode apresentar comportamento violento.
- Proporcione aconselhamento espiritual e emocional mesmo após o momento da expulsão. A restauração plena depende de apoio contínuo na jornada, para prevenir que fatores de aprisionamento espiritual voltem a ocorrer, pois, ao deixar uma pessoa, um espírito impuro “leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali. E o último estado daquela pessoa se torna pior do que o primeiro” (Mt 12:45).
Vitória sobre o mal
Embora o cristão possa ser assediado, tentado e oprimido pelo diabo, enquanto se recusar a entregar sua vontade ao inimigo, não estará sujeito à habitação das forças do mal. Portanto, encoraje a pessoa a entregar sua vida inteiramente e sem reservas a Jesus Cristo (adaptado de Clifford Quantz, An investigation of satanic influences upon physically, emotionally, and spiritually disturbed Christians, Universidade Andrews, 1994, p. 225-236).
Existem diversas crenças populares sobre o conflito espiritual e o sobrenatural. Algumas delas geram confusão, pois distorcem a atuação de Deus e de Seu inimigo, invertendo os papéis e minimizando a influência de ambos. Outras crenças podem despertar curiosidade, levando milhares de pessoas a flertar com o oculto. No entanto, esse tema também pode provocar medo. Por essa razão, precisamos recordar o conselho de Eliseu ao seu servo, quando um enorme exército sírio representava uma ameaça: “Não tenha medo, porque são mais os que estão conosco do que os que estão com eles” (2Rs 6:16). Quando o Senhor abriu os olhos do servo, ele pôde ver que “o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, ao redor de Eliseu” (v. 17). Embora não consigamos ver algumas realidades espirituais, por meio da fé podemos confiar sem hesitação, certos de que, em Cristo, somos mais que vencedores (Rm 8:37). 
ELMER A. GUZMAN é pastor e diretor acadêmico da Faculdade Adventista do Paraná
(Matéria de capa da Revista Adventista de novembro/2025)


